“Deixa que digam, deixa que falem…” essa é a BrasFlight Escola de Aviação:Para se ter uma…
Um mercado em ascensão?!
Como não poderia deixar de ser, seguirei com uma análise econômica do mercado de aviação, desta vez, com um enfoque mais regional, falando um pouco mais da realidade do Nordeste do nosso país e sobre empregabilidade.
As transformações recentes na economia do nosso país levaram a uma nova realidade social, com o crescimento do poder financeiro das classes mais baixas e a inclusão de diversas pessoas no mercado consumidor, a disparidade econômica regional também vem sendo alterada, com forte desenvolvimento da região Nordeste.
Assim como o mercado de aviação tem forte ligação com a dinâmica econômica, acompanhando os altos e baixos do crescimento do país, a mesmaconstatação também tem se mostrado válida para a análise dos mercados regionais.Dados do último anuário estatístico da ANAC,demonstram que o total de aeronaves,cresceu 5,7%, atingindo 19.769 de unidades no Brasil, considerando apenas aeronaves Não Experimentais Em Operação (NEEO), o dado da aviação geral, segundo a ABAG (Associação Brasileira de Aviação Geral), demonstra alta de 6,7%, segundo dados de 2012. Vale ressaltar que a região Nordeste apresentou taxa de crescimento entre 2010 e 2013 maior que a registrada pela região Sudeste (24% e 20% respectivamente).Entretanto, é importante dizer que, em termos absolutos, a região Sudeste ainda apresenta números mais expressivos que a Nordeste(o SE tem 741 novas unidades, frente a 141 do NE). As perspectivas econômicas ainda apontam para a continuidade do processo de crescimento mais acelerado da economia da região NE frente ao resto do país, o que deve seguir se refletindo também no segmento de aviação. Cada vez mais pessoas podem ter acesso e comprar aeronaves, principalmente executivos que precisam de mobilidade e agilidade.
Os dados demonstram algo que já venho comentando com alguns alunos e amigos, que seguem questionando sobre o futuro da aviação e sobre o que é preciso para conseguir seguir a carreira de piloto. A resposta não é fácil, mas com certeza começa por amar o que se faz, empenhar-se, ter um amplo conhecimento sobre os assuntos gerais da área (suficientes para não lhe deixar passar por apertos desnecessários), ter uma especialidade que lhe diferencie ao menos da grande massa de concorrentes e, por que não, estimular os mercados regionais ou ainda em desenvolvimento.
Erradamente se pensa que mercado aviação se restringe ao de companhias aéreas. O aspirante a piloto deve ter em mente que o mercado em crescimento não significa necessariamente que a Gol, a Tam e a Azul vão contratar milhares e da mesma forma não quer dizer que quando demitem o mercado acabou. Há diversas possibilidades para o setor. Os números mostrados acima relatam uma oportunidade bastante interessante do mercado. Acreditem! Existe vida para o piloto fora das Companhias Aéreas. A aviação executiva tem crescido a taxas muito acima do PIB (uma taxa de PIB Chines, 10%). Já a aviação experimental cada vez menos é EXPERIMENTAL no simples sentido da palavra, com aeronaves cada vez mais utilizadas também para fins executivos. A aviação agrícola cresce de forma sustentável, em um país cada vez mais agrícola (para se ter uma ideia, a taxa de crescimento estáacima de 5% nos últimos anos) .
A última questão vai desde a valorização de empresas em sua região, até o correto assessoramento aos interessados em investir no segmento. O apoio a empresas regionais é extremamente importante, pois o mercado de aviação, apesar de movimentar grandes cifras, é do tamanho de um alfinete. Assim, “conhecer as pessoas que conhecem as pessoas certas” (ter networking) é algo que faz a diferença. Busque sempre ver o que a sua Escola de Aviaçãoou suas companhias podem lhe ajudar. Sobre o assessoramento, não raro, já vi casos de pessoas que assessoravam erradamente seus clientes e estes clientes, por esta razão, se desiludiam com o mercado e o abandonavam. Um exemplo muito comum é o de pilotos da aviação executiva que indicam para seus patrões um determinado tipo de aeronave que não lhe serve para seu uso, por vaidade, desconhecimento, por um simples aconselhamento errado ou por falta de conhecimento específico das características e aplicabilidade de cada tipo de avião. Desta forma, os donos da aeronave acabam declinando de seu uso pelos elevados custos de operação ou inadequação à necessidade em decorrência de uma orientação errônea.Vi muita falta de conhecimento e informação incorreta do setor. Quando o assunto é problema mecânico, a falta de conhecimento analítico adequado é assustadora. De forma generalizada, os pilotos não acompanham a manutenção e não o podem fazê-lo uma vez que a formação nesta área é muito aquém da necessária, o que permite a algumas oficinas trocadoras de peças se aproveitarem para condenar equipamentos que poderiam ser consertados ou ajustados, ao invés de substituídos, o que resulta em custos mais altos.
A perspectiva econômica e a tendência do mercado se mostram favoráveis aos futuros pilotos, mas este segmento exige muito conhecimento, preparação e diferentemente de alguns outros mercados, muita, muita e muita confiança, pois ninguém irá entregar um equipamento de milhares ou milhões de dólares a alguém só por que este está simplesmente “habilitado”. Excessos de demanda (falta de pilotos) não resultarão na contratação de qualquer pessoa, pois muitas vezes é preferível manter uma vaga em aberto a assumir os riscos, algo que já se verifica no mercado.
As similaridades entre a economia e aviação, são maiores do que se pensa, são mercados extremamente concorridos, especializados, internacionalizados e que mexem com quantias significativas. Quanto mais conhecimento, diferenciação de seus concorrentes, dedicação e experiência, maiores são as chances do candidato frente a outros.
por Caio Duarte, mestre em economia e sócio da BrasFlight
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